LYCOPODIACEAE

Huperzia hexasticha B.Ollg. & P.G.Windisch

Como citar:

Julia Caram Sfair; Tainan Messina. 2012. Huperzia hexasticha (LYCOPODIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

NaN Km2

AOO:

NaN Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre nos Estados Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Windisch; Ramos, 2012).A espécie ocorre em altitude entre 1.000 e 2.400 m (Ollgaard; Windisch, 1987).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Julia Caram Sfair
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie amplamente distribuída encontrada em diferentes fisionomias da Mata Atlântica. Apesar de ocorrer em regiões com intensa pressão antrópica, essa espécie é encontrada em diversas unidades de conservação (SNUC). Devido ao grande número de coletas, principalmente na região Sul, suspeita-se que a espécie seja abundante localmente. Dessa maneira a espécie éconsiderada "Menos preocupante" (LC) em relação ao risco de extinção.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Atualmente essa espécie está circunscrita em Phlegmariurus hexastichus (B.Øllg. & P.G.Windisch) B.Øllg. (Øllgaard, 2012).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa e Floresta Ombrófila Mista (Salino; Almeida, 2009).Floresta Nebular (Ollgaard; Windisch, 1987).
Habitats: 1.9 Subtropical/Tropical Moist Montane
Detalhes: A espécie é bastante comum no Brasil, ocorrendo em Floresta Nebular (Ollgaard; Windisch, 1987).Na APA Fernão Dias a espécie apresenta hábito rupícola ou epífita (Melo; Salino, 2007). No Parque Nacional do Itatiaia a espécie foi encontrada na borda de trilhas do Parque, em fendas de rochas ou no interior da mata (Ramos; Sylvestre, 2010). Quando encontrada com hábito epífita, a espécie cresce de 0,3 a 2 m do solo(Ramos; Sylvestre, 2010).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
O Parque Nacional do Itatiaia apresenta ao longo de sua história episódios de incêndios extensos e duradouros, como o ocorrido em 1963 que atingiu cerca de 10.000 ha, permanecendo ativo por mais de 40 dias. Aximoff; Rodrigues (2011), com base nos incêndios ocorridos em 2001 (600 ha), 2004 (600 ha) e 2007 (800 ha), sugerem padrão de ocorrência trienal para os grandes incêndios mesmo que em áreas não sobrepostas (dados dos limites do incêndio de 2004 não foram encontrados). De maneira a reforçar esta hipótese, em 2010 o PNI teve mais de 1.100ha de campos de altitude queimados em um único incêndio (Aximoff, 2011).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1.4 Livestock
A criação de gado é uma ameaça a biodiversidade no Sul do Brasil. O pastejo excessivo resulta em diminuição na cobertura do solo e em riscos de erosão, além de substituição de espécies forrageiras produtivas por espécies que são menos produtivas e de menor qualidade, ou até mesmo na perda completa das boas espécies forrageiras. Em 1996, 7 milhões ha na região Sul do Brasil eram utilizados com pastagens cultivadas, principalmente com espécies não-nativas (Overbeck et al., 2009).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
"Vulnerável" (VU), segundo a Lista vermelha da flora de São Paulo (SMA-SP, 2004)
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
A espécie ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): RPPN caraguatá, Parque Nacional da Serra de Itajaí, SC; Parque Estadual Forna Grande, ES; Parque Estadual Serra dos Órgãos, Parque Nacional do Itatiaia, RJ; Parque Estadual Pico Paraná, Parque Estadual do Marumbi, Parque Nacional Saint-Hilaire / Lange, PR; Parque Nacional do Caparaó (CNCFlora, 2011), APA Fernão Dias (Melo; Salino, 2007) e Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, SP (Prado; Hirai, 2008)